quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Identificação de um canal de prótons vacuolar que desencadeia o flash bioluminescente em dinoflagelados

 Identificação de um canal de prótons vacuolar que desencadeia o flash bioluminescente em dinoflagelados

A bioluminescência de Dinoflagelados é um fenômeno impressionante, que produz brilhantes flashes azuis na água do oceano, sendo mais visíveis a noite. Rodriguez et al. (2017), estabeleceram neste trabalho, que a luz se origina nas organelas chamadas de "scintillons" e essas organelas são  originadas a partir da evaginação da membrana do vacúolo central. O vacúolo central contêm um produto originado da degradação da clorofila, a luciferina, que em pH menor que 7, ocorre a liberação da luciferina que ao reagir com a enzima luciferase (LCF), catalisa a reação da luciferina com o oxigênio, produzindo luz.

Figura 1- Dinoflagelados bioluminescentes

 
 Resultado de imagem para dinoflagelados bioluminescência

Fonte: Vieques, Puerto Rico (Doug Perrine/Nature Picture Library/Corbis). Disponível em: <https://www.cntraveler.com/galleries/2014-11-06/10-most-romantic-places-in-the-world-to-propose/6>

               Inicialmente os autores realizaram uma busca e posteriormente o alinhamento da seqüência das bases do DNA, passando por processos biotecnológicos de isolamento e purificação. Todos os organismos fixos foram sondados com anticorpos LBP, LCF e LpHV1, corados com anticorpos secundários com marcação fluorescente para IgG apropriada e visualizados por microscopia confocal.  Quando comparado a seqüência de conjuntos de RNA do organismo bioluminescente em estudo, utilizando bancos de dados de RNA, foi verificado que a sequencica encontrada já se encontrava na biblioteca genômica, revelando uma seqüência com o padrão de seqüência já catalogado em bancos de RNA.

Figura 2- LpHV1 localizado nos scintillon. 

 
Fonte: Rodriguez et al. (2017). Identification of a vacuolar proton channel that triggers the bioluminescent flash in dinoflagellates, p. 11. 

   Quando colocados na presença de detergente, nenhum flash foi provocado. Estes resultados sustentam fortemente a hipótese de que LpHV1 é o canal de prótons que desencadeia o flash bioluminescente no L. poliedrum. Os dinoflagelados (bioluminescentes ou não) encontrados pelas seqüências do gene no canal de próton HV1 abrangem uma grande fração da árvore filogenética dinoflagelada. Em conjunto, esses dados sugerem que as funções primárias de HV1 foram cooptadas pelas espécies bioluminescentes para produção de leve bioluminescência.

Figura 3. A distribuição de LpHV1 é consistente com a localização do scintillon

 

Fonte: Rodriguez et al. (2017). Identification of a vacuolar proton channel that triggers the bioluminescent flash in dinoflagellates, p. 10.



REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
RODRIGUEZ, J. D.; HAQ, S.; BACHVAROFF, T.; NOWAK, K. F.; NOWAK, S. J.; MORGAN, D.; CHERNY, V. V.; SAPP, M. M.; BERNSTEIN, S.; BOLT, A.; DECOURSEY, T. E.; PLACE, A. R.; SMITH, S. M. E. Identification of a vacuolar proton channel that triggers the bioluminescent flash in dinoflagellates. Plos One Tenth Anniversary, DOI: 10.1371/journal.pone.0171594, p. 1-24, February 8, 2017. 

Postagem em destaque

      ·        Agente etiológico               A Estrongiloidiase é uma Infecção causada por  Strongyloides stercoralis ,  um gênero de para...