Identificação de um canal de prótons vacuolar que desencadeia o flash bioluminescente em dinoflagelados
A
bioluminescência de Dinoflagelados é um fenômeno impressionante, que produz
brilhantes flashes azuis na água do oceano, sendo mais visíveis a noite. Rodriguez
et al. (2017), estabeleceram neste
trabalho, que a luz se origina nas organelas chamadas de
"scintillons" e essas organelas são originadas a partir da evaginação da membrana
do vacúolo central. O vacúolo central contêm um produto
originado da degradação da clorofila, a luciferina, que em pH menor que 7,
ocorre a liberação da luciferina que ao reagir com a enzima luciferase (LCF),
catalisa a reação da luciferina com o oxigênio, produzindo luz.
Figura 1- Dinoflagelados bioluminescentes

Fonte: Vieques, Puerto Rico (Doug Perrine/Nature Picture
Library/Corbis). Disponível em: <https://www.cntraveler.com/galleries/2014-11-06/10-most-romantic-places-in-the-world-to-propose/6>
Inicialmente os autores realizaram uma busca e posteriormente o alinhamento da seqüência das bases do DNA, passando por processos biotecnológicos de isolamento e purificação. Todos os organismos fixos foram sondados com anticorpos LBP, LCF e LpHV1, corados com anticorpos secundários com marcação fluorescente para IgG apropriada e visualizados por microscopia confocal. Quando comparado a seqüência de conjuntos de RNA do organismo bioluminescente em estudo, utilizando bancos de dados de RNA, foi verificado que a sequencica encontrada já se encontrava na biblioteca genômica, revelando uma seqüência com o padrão de seqüência já catalogado em bancos de RNA.
Figura 2- LpHV1 localizado nos scintillon.
Quando
colocados na presença de detergente, nenhum flash foi
provocado. Estes resultados sustentam fortemente a hipótese de que LpHV1 é o canal de
prótons que desencadeia o flash bioluminescente no L. poliedrum. Os
dinoflagelados (bioluminescentes ou não) encontrados pelas seqüências do gene
no canal de próton HV1 abrangem uma grande fração da árvore filogenética
dinoflagelada. Em conjunto, esses dados sugerem que as funções primárias de HV1
foram cooptadas pelas espécies bioluminescentes para produção de leve bioluminescência.
Figura 3. A distribuição de LpHV1 é consistente com a localização do scintillon
Fonte: Rodriguez
et al. (2017). Identification of a
vacuolar proton channel that triggers the bioluminescent flash in
dinoflagellates, p. 10.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
RODRIGUEZ, J. D.; HAQ,
S.; BACHVAROFF, T.; NOWAK, K. F.; NOWAK, S. J.; MORGAN, D.; CHERNY, V. V.;
SAPP, M. M.; BERNSTEIN, S.; BOLT, A.; DECOURSEY, T. E.; PLACE, A. R.; SMITH, S.
M. E. Identification of a vacuolar proton channel that triggers the
bioluminescent flash in dinoflagellates. Plos
One Tenth Anniversary, DOI: 10.1371/journal.pone.0171594, p. 1-24, February
8, 2017.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada por participar!